São os líderes que geralmente criam o bom julgamento de uma organização – não necessariamente os bons tomadores de decisão, mas os que desenvolvem o contexto e as estruturas certas para permitir que a empresa encontre soluções de maneira mais coletiva.
O julgamento organizacional costuma envolver a redefinição das decisões como um processo participativo de resolução de problemas. Nisso, tira-se vantagem da grande quantidade de dados disponível atualmente e das modernas ferramentas tecnológicas e analíticas para interpretá-los. Essas ferramentas não só são moldadas, mas ajudam a moldar culturas organizacionais baseadas em valores como participação, deliberação, diversidade de pensamentos, desafios e debates construtivos.
Mais que apenas informação, o conhecimento é outro aspecto dessa complexidade, sendo cada vez mais apreciado como fonte de criação para os negócios. Como mobilizá-lo para tomar decisões melhores? Veja algumas maneiras:
Reconheça a necessidade e a oportunidade
Há situações em que os líderes precisam compreender que precisam ir além de suas próprias limitações e tirar vantagem de uma diversidade maior de ideias, conceitos e conhecimentos. Abrir mão de pelo menos alguns de seus próprios poderes e prerrogativas em um certo nível em troca de recursos valiosos é uma das boas práticas.
Seja intencional e invista em capacidade
Uma organização passa a funcionar dessa maneira apenas com esforço e investimento. Não é resultado de sorte ou de alguns ajustes aqui e ali.
Considere os elementos estruturais dentro do contexto cultural e mercadológico
Seja por meio de um software analítico, abrangendo abordagens mais democráticas para aumentar a participação, empregando um novo processo de resolução de problemas, mudando a maneira como se engaja a liderança ou usando uma diferente estrutura organizacional, casos mostram empresas que construíram um processo de julgamento por meio da combinação de diferentes partes da infraestrutura e do processo em um novo tipo de “sistema” para encontrar soluções melhores para os problemas. Apesar de nem sempre fazerem isso conscientemente, no fim todas criaram um mecanismo que abraça a inteligência e a compreensão coletivas.
Ainda é possível enxergar uma arquitetura entre as diferentes dimensões de pessoas trabalhando juntas que, da maneira como são construídas e operacionalizadas, oferecem uma maneira otimizada de chegar a uma decisão. Essa arquitetura, no entanto, varia de empresa para empresa com base em uma série de variáveis, como tradições da empresa, condições específicas de mercado e outros aspectos.
Prepare-se para mudar
Como é de se esperar, a tomada desses passos vai mudar o status quo. O poder é redistribuído, valores são reinterpretados e pessoas que antes não estavam acostumadas a dar opinião ou ser ouvidas, de repente, são convidadas a opinar. Novas tecnologias chegam com mais informações, velhos preconceitos ficam visíveis e relacionamentos são transformados para abrigar mais compartilhamento de conhecimentos. Construir julgamento é algo transformativo não apenas para a empresa, mas para o líder.
Entenda que o julgamento organizacional precisa de exercício e cuidados contínuos
Como qualquer habilidade e como nossa própria saúde, o julgamento deve ser exercitado e mantido. Deve haver uma jornada de continuidade em que as empresas sempre aprendem por meio da prática para melhorar e manter essas práticas.
Com Fast Company